Ponte da Panchorra

Implantada a cerca de 1000 metros de altitude, unindo as margens do rio Cabrum, a Ponte da Panchorra é um belíssimo exemplo de arquitetura vernacular [tradicional].

Ponte de dois arcos, apresenta aparelho regular nas aduelas [pedras que formam o arco] e irregular na silharia [pedras] da restante estrutura, o que pode indicar um trabalho de mestres locais ou regionais, destinado a suprir as necessidades de acesso da comunidade às suas propriedades agrícolas e silvícolas.

Nesse sentido, distancia-se em importância e técnica às suas congéneres, edificadas a jusante, nomeadamente as pontes de Ovadas, Lagariça e Nova, quase na foz do Cabrum. Não deixa, porém, de ser um exemplo de infraestrutura comunitária.

A travessia aproveita os afloramentos das margens do rio para apoiar os seus pilares, sobre os quais assenta o tabuleiro horizontal com guardas, conferindo-lhe a robustez necessária à passagem de carros agrícolas e à circulação de gado.

Embora a Panchorra seja referida já nas Inquirições [inquérito administrativo] de 1258, só no século XVI se separou do termo de Ovadas, onde se situava o antigo centro religioso da freguesia medieval.

Tornou-se, então, curato [paróquia], sendo a Ermida de São Lourenço o novo polo religioso.

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